terça-feira, 1 de abril de 2008

Jesualdo, o nosso objectivo é 18 pontos!

Jesualdo,

Sei que não é fácil dar motivação a uma equipa que segue à frente da Primeira Liga com tão dilatada vantagem.

É por isso que lhe dou uma sugestão: peça aos nossos homens 18 pontos de vantagem! Querem tirar-nos 6? Não faz mal. Ainda ficamos com o dobro. Damos uma dúzia ao segundo.

Um comentário:

Jorge Nuno Oliveira disse...

Peço desculpa, mas vou remar contra a maré. Sei por que razão está Pinto da Costa a braços com as justiças. Que são três: a Comum, a Desportiva e a Divina. Comecemos pela Comum.
Maria José Morgado nunca apreciou o sucesso. Habituada a verter rancores no seu MRPP, transportou o azedume e a secura das hormonas para outros palcos mais mediáticos. Calhou-lhe pela frente, por razões que, de tão obscuras, não se descortina tino, um homem conhecido pelo sucesso: Jorge Nuno Pinto da Costa. Ninguém melhor do que ele para afiar facas rombas de talhantes vencidos e biliosos.
A Justiça, tarda pela preguiça, pela incompetência, pelo compadrio, pela mancomunagem e por outras malfeitorias de que só os impotentes se acham capazes, estugou o passo e tratou de perseguir um homem que ergueu um projecto. É bem feito, digo eu. Por que razão se pôs Pinto da Costa em bicos de pés, tratando de transformar um clube pequeno, aleijado e tosco num dos grandes da Europa? Porque quis Pinto da Costa desafiar, com arrogância, os poderes de Lisboa? Porque se convenceu Pinto da Costa de que tinha o mesmo direito de gritar, como os outros tinham de sussurrar, conspirar ou vilipendiar?
É bem feito para Pnto da Costa.
E aqui entra a Justiça Desportiva. Jorge Nuno Pinto da Costa, cego de ambição, toldado pelo odor etílico das vitórias, ousou vencer onde outros se limitavam a lacrar envelopes fechados de intenções prometidas. Benficas e Sportings, que sem jogar ganhavam, que sem arriscar venciam, que sem merecer conquistavam, passaram a ter de medir forças com um adversário desigual, porque genuíno, telúrico, alma de um povo, grito sangrado de uma gente que chora com a mesma energia com que ri e soluça, esta gente do Porto que não vira a cara, que fala com os dentes todos, que cerra punhos e estende mãos, que se dá por inteiro em abraços solidários e tantas vezes amargos, doridos, sentidos, sofridos. Esta gente, que deu corpo a um clube, estava a erguer-se e a sombrear nobres de rendas, senhores feudais de terras secas e estéreis.
Não percebeu isso o incauto Pinto da Costa? O que queria ele, então, senão o arco tenso da Justiça despedindo flechas justiceiras? Estaria ele à espera de compreensão, de mercês, de vénias? Estulto, tolo na sua ignorante boa-fé, ele estava a pedi-las. Pôs-se a jeito, mereceu.
Finalmente, a Justiça Divina.
Não acredito em Deus. Nem eu deuses, tampouco. Mas acredito que Pinto da Costa desafiou alguma coisa muito poderosa. E digo, com lábios cerrados e lágrimas nos olhos, que Pinto da Costa merece ser castigado. Ele não soube manter-se discreto nem medíocre. Quis alçar a cabeça mais alto. Desafiou e arremeteu. Pinto da Costa vai ter de pagar pelos 45 títulos que ajudou o Futebol Clube do Porto e conquistar. Pinto da Costa não ficará impune, porque o Mundo «Justo», o Mundo dos Homens Medíocres, o Mundo da Inveja, da Intriga, da Frustração e da Traição é o mundo onde se aloja o Poder. Pinto da Costa tem de morrer.